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Entre Fraldas e Livros

Mãe de dois, licenciada em alguma coisa (pouco) relevante que sentiu a necessidade de expressar preocupações que lhe importam e as aventuras que acontecem por aqui.

Entre Fraldas e Livros

Mãe de dois, licenciada em alguma coisa (pouco) relevante que sentiu a necessidade de expressar preocupações que lhe importam e as aventuras que acontecem por aqui.

Chegou uma das alturas que menos acho piada, excepto pela criançada.

O carnaval. Sim, já sei que vão dizer que é muita giro ver toda a gente mascarada (ou então só mesmo a soltar-se) mas a única parte que me arranca sorrisos são as crianças.

Hoje de manhã já vi uma princesa (a rainha da minha vida); a branca de neve e um joker. Isto porque não estive quase tempo nenhum na rua. Ontem vi Elsas com fartura, vi indios, matrafonas...

Mas sem duvida que quem ganhou o meu coração foi a minha Princesa. Queria ser a Rapunzel. Desespero de ontem à tarde: encontrar um vestido porque o 1º era pequeno. Objectivo cumprido em menos de meia hora. Criança mais que satisfeita e feliz da vida.

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 o que acham?

Todos sabemos que, volta e meia, há pessoas que se cruzam no nosso caminho, com quem criamos empatia e laços de amizade fortes, nos sítios mais improváveis e mais esquisitos.

Há pessoas que parecem o nosso reflexo, chapado. É o caso da C. Conheci-a num dos sítios menos prováveis, numa das minhas variadíssimas visitas à minha loja preferida. A C era e é a minha cara chapada. Tanto em feitio, como em humor, como em tudo. Consegue ser tão irónica como eu e ao mesmo tempo séria. 

Revejo-me nela. Adoro-a. Contei-lhe coisas que poucos sabiam, vi nela uma amiga e o inverso também aconteceu. Quando ela deixou de lá trabalhar, fui das primeiras a saber mas soube logo que a amizade não ia ficar por ali. E tive razão. Quer estejamos com mais ou menos trabalho, mais ou menos tristes, mais ou menos chateadas com a vida, estamos lá. Num ou noutro grupo do whatsapp, numa conversa sozinhas, a jantar, temos sempre temas.

Agora, toca mas é de por em prática mais convívios! 

A vida dá muitas voltas. Dá voltas que nunca esperamos. Há encontros e desencontros, felizes ou menos felizes. É por isso que é a vida e é isso que nos amadurece.

Antes de escrever este texto procurei um chavão que me pudesse inspirar e acabei por encontrar um post de um outro blog que me dizia exactamente aquilo que eu queria transmitir.

(...)

"Os actos que praticamos têm sempre uma dupla consequência, primeiro na nossa esfera pessoal, em nós próprios e depois na esfera pessoal dos outros (que intimamente partilham a nossa vida).

Portanto qualquer que seja a consequência daquilo que fizermos e dissermos, boa ou má, terá sempre esta dupla face e afectará não só a nós, mas aos outros também. Coloca-se aqui a questão de perceber, até onde vai a minha liberdade em "fazer o que pura e simplesmente me apetece" se sei à partida que irei magoar a outra pessoa, ou que irá também sofrer a consequência dos meus actos.

"A minha liberdade termina, onde começa a liberdade do outro", este chavão sobejamente conhecido, afigura-se como uma Grande Verdade, não só na vida em sociedade, mas mais profundamente numa vida a dois...

 Quantas vezes é preciso ceder? Quantas vezes temos de reflectir sobre os nossos actos, se sabemos que esse alguém irá "pagar" por eles, bem mais caro do que nós próprios?

 De que valem os meus actos irreflectidos e desrespeitáveis, que me fazem sentir momentaneamente melhor, se depois, as consequências serão sofridas não só por mim, mas ainda mais pela contraparte?

 Se sabemos à partida que um terá de tomar uma decisão que trará consequências dramáticas para os dois, vestimos a armadura e ambos nos preparamos para a enfrentar. Mas se de repente, num acto de "puro umbiguismo" um se lembra de fazer qualquer coisa, sem "dar um aviso à navegação", fazendo com que o outro arqueie sofridamente com as consequências do seus actos, é completamente diferente."

 

Sou conhecida por ter sentimentos de um camião, por não ter papas na língua, por ser bruta mas também por ser um coração de manteiga, por ser a primeira a ajudar o meu amigo, a fazer de tudo o que posso para ajudar. Agora: só não me lixem, não mintam, nem façam esquemas. Aí vêem uma Ana diferente. Para além de magoada, fico num casulo. Uma coisa que aprendi nos últimos anos foi a dar valor a quem está ao meu lado, quem gosta de mim e de quem eu gosto, quem não me julga, quem aprecia a minha companhia. A minha família em 1º lugar, os meus amigos em 2º (tanto por uns como pelos outros, dou o mundo se conseguir). Mas todos os actos têm consequências... E o karma, esse sim, encarrega-se de tudo. O yoga e a maternidade trouxeram-me calma e sabedoria interior.

13 Fev, 2017

Todos voam um dia

Dizem que todos os passarinhos, um dia, têm de voar, não é? Tenho cá para mim que, e não vou ser modesta porque todos os dias vejo o resultado disso, criei muito bem as minhas irmãs. Tenho 8 anos de diferença de uma delas e 12 anos da outra. Sinto a mesma responsabilidade para com elas que sinto com a minha filha.

A minha irmã mais nova "deu o primeiro vôo" este fim de semana. Foi de erasmus. Apesar de não ter ido para longe, para mim é como se tivesse ido para a australia (na realidade está na terra de nuestros hirmanos). Saiu de cá ontem de manhã e chegou à noite ao destino. Só fui capaz de dormir quando falei com ela e percebi que estava bem (mas tenho o coração apertadinho, apertadinho).

Sei que ela já é uma mulher, e de todos os meus irmãos, é a mais parecida comigo. A mais desenrascada, a mais independente e a que mais rapidamente se safa num problema. Estaria mais preocupada se tivesse ido para um sítio onde pudesse haver troca por camelos porque, tanto uma como a outra, ficaram uns mulherões que valem camelos a dar com um pau.

Como não consegui por uma ancora na rapariga, deixei-a ir, pedi-lhe que se portasse bem, que não fizesse nada que eu não fizesse e que, acima de tudo, se divertisse. Deve ser uma experiência única.