A vida dá muitas voltas. Dá voltas que nunca esperamos. Há encontros e desencontros, felizes ou menos felizes. É por isso que é a vida e é isso que nos amadurece.
Antes de escrever este texto procurei um chavão que me pudesse inspirar e acabei por encontrar um post de um outro blog que me dizia exactamente aquilo que eu queria transmitir.
(...)
"Os actos que praticamos têm sempre uma dupla consequência, primeiro na nossa esfera pessoal, em nós próprios e depois na esfera pessoal dos outros (que intimamente partilham a nossa vida).
Portanto qualquer que seja a consequência daquilo que fizermos e dissermos, boa ou má, terá sempre esta dupla face e afectará não só a nós, mas aos outros também. Coloca-se aqui a questão de perceber, até onde vai a minha liberdade em "fazer o que pura e simplesmente me apetece" se sei à partida que irei magoar a outra pessoa, ou que irá também sofrer a consequência dos meus actos.
"A minha liberdade termina, onde começa a liberdade do outro", este chavão sobejamente conhecido, afigura-se como uma Grande Verdade, não só na vida em sociedade, mas mais profundamente numa vida a dois...
Quantas vezes é preciso ceder? Quantas vezes temos de reflectir sobre os nossos actos, se sabemos que esse alguém irá "pagar" por eles, bem mais caro do que nós próprios?
De que valem os meus actos irreflectidos e desrespeitáveis, que me fazem sentir momentaneamente melhor, se depois, as consequências serão sofridas não só por mim, mas ainda mais pela contraparte?
Se sabemos à partida que um terá de tomar uma decisão que trará consequências dramáticas para os dois, vestimos a armadura e ambos nos preparamos para a enfrentar. Mas se de repente, num acto de "puro umbiguismo" um se lembra de fazer qualquer coisa, sem "dar um aviso à navegação", fazendo com que o outro arqueie sofridamente com as consequências do seus actos, é completamente diferente."
Sou conhecida por ter sentimentos de um camião, por não ter papas na língua, por ser bruta mas também por ser um coração de manteiga, por ser a primeira a ajudar o meu amigo, a fazer de tudo o que posso para ajudar. Agora: só não me lixem, não mintam, nem façam esquemas. Aí vêem uma Ana diferente. Para além de magoada, fico num casulo. Uma coisa que aprendi nos últimos anos foi a dar valor a quem está ao meu lado, quem gosta de mim e de quem eu gosto, quem não me julga, quem aprecia a minha companhia. A minha família em 1º lugar, os meus amigos em 2º (tanto por uns como pelos outros, dou o mundo se conseguir). Mas todos os actos têm consequências... E o karma, esse sim, encarrega-se de tudo. O yoga e a maternidade trouxeram-me calma e sabedoria interior.