Saltar para: Posts [1], Pesquisa [2]

Entre Fraldas e Livros

Mãe de dois, licenciada em alguma coisa (pouco) relevante que sentiu a necessidade de expressar preocupações que lhe importam e as aventuras que acontecem por aqui.

Entre Fraldas e Livros

Mãe de dois, licenciada em alguma coisa (pouco) relevante que sentiu a necessidade de expressar preocupações que lhe importam e as aventuras que acontecem por aqui.

Quem é a Maqui? Que tem goi anos? E cujo pai se chama Egu?

Sabem o que é "Onicóni"? Pois... É unicórnio. O Goão Pego (João Pedro) ofereceu-lhe este super fofinho nos anos.

E o Panga? Esta é fácil. É tudo o que tem a haver com o Panda. Nos anos recebeu o Panda para pintar (e eu já dei um desaparecimento às canetas, por enquanto).

Vamos lá a uma mais díficil... Sabem quem é a Tiaaó? É a Tia Joana  E a Rita Ápo? É a Rita do Sapo porque lhe ensinou a música do sapo.

"Agumácadeia e fazêcumbóio" mas dito muito rápido? Esta demorei umas horas a chegar lá. Arrumar a cadeira e fazer um comboio que é o que a educadora lhes diz quando vão sair do refeitório para a sala dela.

"Imbói"? Gymboree. O ginásio dela à 6a feira onde está o "Imbó"= Gymboo

A moca é a mota dela. 

Pêandicáàmeninha = Pê (o gato) anda cá à menina.

Munco bem Maqui= Muito bem M. (Maqui é como ela se auto intitula)

Gosta muito de conguguie e delira com agô com cáni (arroz com carne) e iógu pôco (iogurte de coco). No entanto isto é válido para todos os tipos de comida dado que peixe com batatas, por exemplo é agô com cáni, esparguete com carne é agô com cáni e por aí fora e iogurtes de morango, tutti fruti, banana ou qualquer outra fruta são iógu pôco. 

Gosta tambem de bincácucangiu (brincar com o cãozinho) que anda e ladra mas ao mesmo tempo tem "mego" dele e anda sempre a coguê (correr) atrás da Tiaaó a dizer "Mapainhas" (não me apanhas) e a rir com ar de gozona. 

Quando tem sono pede óó pá cama e ueitinho (leitinho).

 

Esta é a minha filha, a criança mais bem disposta e mais linda do mundo. O meu mundo!

 

Não percebo porque é que o português tem este terrível hábito de não confirmar nada. Nem idas a eventos, nem idas a compromissos nem mesmo recepções de mensagens ou e-mails. NADA! 

Ultrapassa-me esta moda que se instalou (e mal) agora.

O remetente dá-se ao trabalho de enviar alguma coisa e o destinatário nem sequer se dá ao trabalho de dizer "OK". Pura e simplesmente faz-se silêncio. Vejo isso no meu trabalho, na minha vida pessoal, nas minhas amizades, em todo o lado e acho profundamente irritante.

Se o remetente envia alguma coisa, seja o que for, é porque o destinatário é, de alguma forma, importante, ou sou eu que estou a ver mal a questão? Não é merecedor de um "OK"?

Sim, já sei que todos nós temos uma vida muito atarefada e que nos esquecemos de 157654341 coisas por dia mas se o fizermos assim que recebemos já não há razões. Eu sou a pessoa mais esquecida do mundo, tenho a memória imediata de um camarão (para algumas coisas) e como já sei isso à partida, mais vale prevenir, responder logo e despachar o assunto mas há quem não o faça e deixa a pessoa do outro lado agarrada à corda bamba sem saber muito bem o que fazer. Então se eu tenho muita paciência para isso....

Se eu fizesse isso estava bem tramada.. 

Pois. Às 15h55 de hoje a M. faz 2 anos que saiu e viu o mundo pela primeira vez. Nestes dois anos ela ensinou-me (nos) mais do que algum dia pensei aprender com uma criança tão pequena mas ao mesmo tempo tão esperta e tão inteligente. Mesmo quando faz "esparates" consegue fazer-me rir em vez de ralhar e ao mesmo tempo consegue ser a mais ternurenta que nos vem dar beijinhos e "abaços" só porque sim. É o meu bebé, ainda a vejo como um ratinho e ainda só tem 2 anos. Parabéns Shiheshe, que cresças mais e mais, que sejas imensamente feliz, que faças sempre "cádemá" a quem o merecer e que lutes como até agora lutaste. És o meu macaquinho, o meu anjinho lourinho e maroto mas altamente bem disposto que raramente se queixa mas que quando faz birras é quase para mandar a casa abaixo. Contigo aprendi o amor a sério. Obrigada.20141116_124713.jpg

>

Já devem ter visto que o espírito natalício já anda presente em todo o lado. E quando digo todo o lado é mesmo TODO o lado. Não há sítio para onde vamos que não haja já qualquer coisa que esteja alusiva ao natal (mas ainda falta um mês).

E eu sou daquelas pessoas que por mim fazia já a árvore, mas como este ano quero que a M. me ajude, estou a tentar ser paciente nesse campo e estou a tentar que ela desenvolva um bocadinho melhor as capacidades motoras dela (que já são óptimas).

No entanto não é por isso que vos escrevo hoje mas sim para vos dizer que devem visitar, quem ainda não o fez o showroomprive.pt.

Tem andado com óptimas ideias de prendas e os prazos são mesmo pela altura do natal. Eu tenho algumas a receber por estes dias e os prazos têm todos sido mais que cumpridos.

Aconselho vivamente.

 

Neste momeno para onde quer que olho é só o que vejo e o que ouço.. "Nós somos os caricas e estamos aqui, Pra passar bons momentos a pensar em Ti..." E provo que já ouvi isto demasiadas vezes...

Como se não chegasse (sim, porque quando temos o primeiro filho e até para aí o 5º aniversário temos uma paciência de santo), achei que era o mlhor tema para o aniversário da festa de aniversário da M. (que, alguém me ajude, faltam só uns dias...)

Ideias eu tenho, sou uma autêntica idiota, o problema é que o Panda em si tem merchandinsing a dar com um pau mas os Caricas nem vê-la. NADA! Rien! Por isso, pedi ao meu talentoso afilhado para me fazer os ditos em Jumping clay (para quem não conhece, é isto ) e assim já resolvi um problema. O bolo em si seria qualquer coisa como a cara do panda, uma coisa simples que ela identifique facilmente.

A decoração... Bom, com ela ainda não tem idade para convidar os amigos da escola e como, mais uma vez, ainda é uma festa para juntar mais adultos do que crianças, vou fazer a coisa simples. Algumas imagens deles cortadas e coladas em cartolina para identificar a comida, vou tentar ver se existe uma toalha do tema e balões (que ela adora) às cores.

Agora, a Pièce de résistance é o facto de ter ontem comprado uma das prendas dela e me ter rendido e ter comprado um dos últimos bilhetes disponíveis para ir ver o Panda e Os Caricas ao Vivo no Campo Pequeno em Dezembro. 

Tenho um bocado de medo de sermos abalroadas por 256916352 crianças mas... Vou levar cotoveleiras e um capacete e rezar para que ela não tenha "mego".

 

Quanto à festa, aceito ideias e sugestões desse lado. Venham daí e colaborem comigo. Afinal são dois anos =)

 

E fiquem com um vídeo

 

11 Nov, 2014

Frio, frio, frio...

Têm tanto frio como eu?

Não é são Martinho? Não era por agora que vinham, supostamente uns dias de mais calor? Acho que isto anda tudo trocado... Já estou como a minha filha e só me apetece dizer "óia bem..."

(tenho de ir buscar mais lenha que isto assim não se aguenta, o pior é que sou a única com um termóstato normal lá em casa, os outros dois avariaram nos 30º corporais todo o ano e nunca têm frio... Damn me!)

 

E por aí? Como combatem o frio? Ou eu é que tenho estado noutro hemisfério?

04 Nov, 2014

Árdua tarefa

De pensar num tema e planear um aniversário...

Acho que vou emigrar nas próximas semanas..

Ou então, se alguém tiver alguma ideia iluminada sobre algum site onde possa haver algum DIY do Panda e Os Caricas, eu e a M. ficamos muito agradecidas (mais eu dado que ela só dirá "Obigága").

Ou será que existem, sequer, os sacanas d'Os Caricas à venda em boneco? Ao menos sempre ficava com recordações...

Pessoal do Marketing do Canal Panda, pensem nisso =)

Dei de caras com este texto no P3 do público. 

Bom, vamos lá por partes. Sou do tempo (como se fosse uma velhinha a falar) em que o público tinha crónicas de opinião de jeito, que com o tempo só tem sido "down the hill". É que é cada tiro, cada melro.

Isto é pura e simplesmente uma idiotice pegada.

Eu sou Lisboeta, os meus irmãos também, o meu pai nasceu na Graça e a minha filha nasceu em Santa Maria. O meu marido nasceu em lisboa e os irmãos dele também. No entanto nenhum de nós tem comportamentos tão bizarros como os descritos no texto que se segue. Ora leiam:

"Sou Lisboeta"

Sou lisboeta, detesto que me chamem “alfacinha”, os meus avós são de muito longe daqui, dum sítio donde vêm batatas, fruta e vinho mau; lambo-me todo com bitoques, pastéis-de-nata, caracóis e castanhas assadas. Tenho o “L” e sei de cor todas as paragens de pelo menos duas linhas de autocarros, o metro conheço como a palma da mão, até sei o momento exacto em que a vozinha anuncia a próxima estação.

 

Sou lisboeta, sei perfeitamente que não há sete colinas coisa nenhuma, não dou trocos a arrumadores e só deixo gorjeta quando o rei faz anos, posso comover-me com velhos a pedir e músicos de rua mas nunca dou esmolas a putos, se se me atacar a caridade cristã ou a humanidade básica pago-lhes um pão de leite com fiambre e um galão e vão cheios de sorte os gandins.

 

Sou lisboeta, gosto muito de ver os eléctricos amarelos a passar mas detesto apanhá-los pela frente no trânsito e não me lembro da última vez que entrei num. Passo a rua em qualquer lugar e de qualquer maneira sem ligar a passadeiras nem luzes nem camiões a vir. Tenho um café preferido ao pé de casa e outro junto do trabalho, e mais dois de recurso quando os primeiros estão fechados. Tenho também muito provavelmente uma maneira específica de beber a bica, que o empregado habitual já conhece, e acho o copo de água que a acompanha um direito adquirido.

 

Sou lisboeta, não tenho sotaque mas digo “oralha” e “ovalha” em vez de orelha e ovelha; não abro a porta a jeovás e não papo procissões. Vou muito a concertos, às vezes ao teatro, cada vez menos ao cinema e a pior coisa que me fizeram foi acabarem com a Feira Popular, os corruptos. Não gosto de polícias e gozo com a ASAE mas só odeio intensamente os chulos da EMEL. Vou ao hipermercado, ao supermercado e ao comércio local, sei o nome da padeira e o do velhote da fruta, todos os outros têm alcunhas gozonas só cá de casa.

 

 Sou lisboeta, não conheço os meus vizinhos nem quero, nada me envenena a existência como uma reunião de condomínio e à mínima coisa ameaço com processos de tribunal que nunca se concretizam. Mas vivo numa aldeia de 2 quarteirões a que sinto o pulso cada vez que meto a cabeça fora da janela. Tenho uma praia específica na Caparica e adoro ir a Sintra apesar da IC19. Reconheço chungaria a 500 metros de distância, sei onde comprar haxixe decente, a que bomba de gasolina ir buscar tabaco e sacos de gelo às três da manhã mas ainda não aprendi a andar de escadas rolantes como um cidadão civilizado.

 

Sou lisboeta, adoro mandar turistas na direcção errada e nada me mete mais medo do que chuvas súbitas e intensas e greves dos transportes. Adoro cruzar-me com as pífias celebridades nacionais mas finjo-me sempre plácido e cosmopolita. Ouço música alto, cuspo no chão, atiro beatas pela janela, não apanho as cagadelas do canito e aproveito os sinais vermelhos para limpar a sala.

 

Sou lisboeta, vou mais ao Colombo do que admito, falo dos suburbanos com condescendência, odeio o Pinto da Costa, toda a água do meu corpo veio do Tejo, sei que a maior festa deste país é o Santo António, às vezes vou ouvir fado, já viajei mas poucas vezes vi algo mais bonito que um dia a nascer de São Pedro de Alcântara, que o sol da tarde a bater no rio ali entre Belém e a ponte.

 

(retirado daqui)

 

escrito por Tiago Matos Silva é antropólogo, doutorando e investigador

 

 

Bom... Exmo sr dr Tiago... é lisboeta? Então devo dizer que com esse comportamento é uma vergonha para todos os outros lisboetas! Eu não conheço os meus vizinhos todos porque moro numa zona maioritarimente dormitória, mas tenho pena. Não gozo com turistas, pelo contrário, porque não gostaria que o fizessem comigo (devo dizer-lhe que o karma é lixado); o mesmo se aplica aos arrumadores, aos "gandins" a quem se refere. Também não dou trocos a quem acha que me ajuda a estacionar porque já chega a EMEL mas não trato mal as pessoas. Não cuspo para o chão, não "limpo a sala" nos sinais vermelhos (até porque existem lenços de papel como deverá saber) e, acredite ou não, há muitos muitos anos, foi inventada uma coisa fantástica chamada CINZEIRO! Serve exatamente para apagar os cigarros em vez de os mandar pela janela, espante-se! (De referir que, se sabe onde comprar haxixe decente, se calhar não é boa ideia dizê-lo online, mas isso sou eu a falar alto...)

Quanto à chungaria, acho que o Dr e qualquer pessoa com um par de olhos os topa a léguas, convenhamos que não é difícil. O que mais me espanta é que ainda não aprendeu a "andar de escadas rolantes como um cidadão civilizado." E isso é como? Em pé? Do lado direito das escadas, permitindo que o esquerdo esteja livre para passarem? (perdi-me nesse raciocínio...)

 

Eu sou lisboeta há 30 anos, não ando de metro há muito, não conheço todas as estações de autocarro (felizmente), não engano turistas, não cuspo para o chão, não tiro macacos do nariz nos sinais vermelhos mas sei onde há as melhores vistas pela cidade e admito que há recantos que não conheço mas pelo menos não digo estas barbaridades...

 

Oh Deus, dai um bocadinho mais de consciência a estas pessoas antes de carregarem no botão "publicar"...

Se não conhecem e têm um filho relativamente novo (a minha tem praticamente 2 anos), procurem pelo que é e deliciem-se. O conceito do gymboree é um ginásio para crianças que puxa por eles a vários níveis, desde o motor ao psicológico, principalmente o psicológico. De 2 em 2 semanas o tema muda e fazem histórias em torno de um tema e durante uma hora a criança e o pai entram num mundo de encantar. Por exemplo, estas 2 semanas o tema foi um bocado à volta das abóboras, talvez por causa do Halloween, e a M. divertiu-se à brava. Teve de imaginar que ia comprar sementes de abóboras, queda plantava, lhes dava água, cuidava delas e no fim as apanhava. A parte que ela é todas as crianças mais gostam é quando vêem as bolas de sabão e o "pára-quedas" bem como o Gymboo, a mascote do ginásio que é um palhaço adorável.

Caso não conheçam, procurem no YouTube porque vale a pena. Em Lisboa há pelo menos 2 ginásios,sendo que um é no Dolce Vita Tejo e podem sempre pedir para experimentar uma aula gratuita, que foi o que eu fiz. Por norma os miúdos deliram e nós, pais, não temos depois forma de os contrariar. A minha passa a semana a pedir o "gymboee".