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Entre Fraldas e Livros

Mãe de dois, licenciada em alguma coisa (pouco) relevante que sentiu a necessidade de expressar preocupações que lhe importam e as aventuras que acontecem por aqui.

Entre Fraldas e Livros

Mãe de dois, licenciada em alguma coisa (pouco) relevante que sentiu a necessidade de expressar preocupações que lhe importam e as aventuras que acontecem por aqui.

Mais uma vez fui seleccionada para uma campanha Youzz.

Desta vez foi da Aveeno, para cremes para a pele com tendência a atópica ou muito seca.

Tenho uma quantidade grande de amostras (como podem ver na foto e não pus todos os kits porque não cabiam)

20141030_141450.jpg

 

Vou testar já na minha cobaia que tem uma pele meio tramada, já que fez reacção a um creme que criança nenhuma faz (o da barral amarelo)...  

Alguém por aí com crianças com peles dificeis?

 

29 Out, 2014

bolos de halloween

Já que estamos na altura e no colégio da miúda ja pediram o bolo ando aqui às voltas para ver se chego a um consenso com a minha imaginação e com o que tenho tempo e habilidade para fazer.

 

Eu cá gostava de uma coisa assim:

ou assim:

ou então:

ou:

Mas com o tempo que tenho vai sair qualquer coisa como:

ou:

 

ou então:

Estou em fase de decisão...

 

 

 

 

 

 

... E que ao que parece leva a sua política demasiado a sério. Mas tão a sério ao ponto de ofender e perturbar pessoas que por lá tentam ser atendidas.

Uma coisa é tentar erguer um conceito, uma marca, outra completamente diferente é ser fanático por um idealismo e tentar, à volta disso, criar um conceito que é retardado e fora de prazo.

Vejamos: 

http://www.figaroslisboa.com/ - Temos já aqui um conceito em que os animais são permitidos mas o género feminino não. É só de mim ou isto não tem qualquer sentido? Desde quando é que em pleno século 21 isto existe? Mais uma vez, uma coisa é ter um conceito mas levá-lo a este extremo, não. E estamos a falar de uma coisa que não é de todo barata. Um corte de cabelo masculino, aqui, são 25 euros. No barbeiro da minha rua não chega a 10 e o homem tem direito a saber as notícias dos últimos meses e a uma massagem no couro cabeludo.

Mas, claro, isto piora.

Dei de caras com a seguinte peripécia relatada no facebook (não conheço, claro, nenhum dos intervenientes mas achei de péssimo gosto e por isso decidi mostrar publicamente a minha indignação.) Por lei é proíbido negar um livro de reclamações. Se algum dia, alguém, tem a infeliz ideia de gozar com alguém que esteja comigo, seja porque motivo for, e eu estiver num dia menos bom... Bom, vamos rezar para que isso não aconteça.

Então o que se passou foi o seguinte:

"A Figaro's Barbershop é uma barbearia na Rua do Alecrim em Lisboa e eu gostava de vos dizer mais sobre o negócio mas no site deles, na parte do Sobre Nós, não tem nada escrito, apenas três fotos muito intensas e saturadas de homens a atender homens.

 

Intensidade. Saturação.

 

Se o moço do secador está com particular ar de quem não tem a certeza do que está a fazer, é porque não tem: o staff da Figaro's Barbershop é numeroso, mas apenas dois dos funcionários são barbeiros.

 

Sabemos porque vistámos a Figaro's Barbershop no passado Sábado. Um corte de cabelo de 25 EUR não está bem dentro do nosso orçamento, mas o pessoal poupou para me oferecer o meu penteado de sonho:

 

'É aquele corte de rapaz rico e bem-sucedido sachavor'

 

Para evitar ter que dizer 'sim, a sério' várias vezes à minha cabeleireira, o que infelizmente na minha experiência é frequente necessidade quando se trata de querer um corte de cabelo rotulado de 'masculino', resolvemos ir a uma barbearia a sério.

 

E se a Figaro's se apresenta como alguma coisa, é como uma barbearia a sério. Da página de Facebook da barbearia: 

 

'Lembra-te filho, homens a sério vão a barbeiros a sério'

 

O problema, para além de toda a imagem de marca da Figaro's Barbershop ser transmitida exclusivamente em Inglês, é que a imagem de marca da Figaro's Barbershop gira toda à volta do sinal que têm na montra, num bom tamanho, assim como no site:

 

 

Ora debaixo do homem diz 'Eu posso entrar', debaixo do cão diz 'Eu também' e debaixo da mulher diz 'Eu não posso'

 

Foi com esta imagem que conseguiram alguma atenção mediática: há duas semanas falou-se muito neles e de todo o lado sairam homens a defender o direito a afixar publicamente um manifesto empresarial que concede aos cães mais humanidade do que às mulheres. Ouviu-se muito, leu-se muito 'Ah, deve ser só uma brincadeira'.

 

Depois da nossa visita à Figaro's Barbershop ficou claro que para o staff não é brincadeira nenhuma: levam a cultura que criaram para o estabelecimento muito a sério, e é uma cultura de ódio às mulheres, homofobia, transfobia e masculinidade tóxica. Tem muito pouco a ver com oferecer cortes de cabelo de qualidade a bom preço.

 

'Plano de negócios? Nah man eu queria era um sítio pra tirar fotos BRUTAIS'

 

Mal entramos, ainda na rua com a mão na porta, dois funcionários cuja função aparenta ser ficar à frente da porta (que de tão pequena não é muito acessível à partida) repetem várias vezes em Inglês 'desculpe, desculpe, não pode entrar'.

 

Entramos (duas mulheres, dois homens, e esta pessoa não-binária que vos escreve) e somos imediatamente recebidos por outro funcionário que pergunta o que é que queremos. 

 

Digo que quero um corte de cabelo, e nem posso chegar à parte do Ronaldo já o funcionário responde:

 

'Não atendemos mulheres'

 

 

 

Uma das coisas que mais ouvimos no pouco tempo que estivemos na Figaro's Barbershop. 'Não atendemos mulheres', 'Não cortamos cabelos de mulher', 'É que as mulheres e os homens são diferentes', 'Os produtos que usamos são para homem'

 

 

 

Estamos nós a tentar compreender as diferenças biológicas fundamentais entre capilares 'de homem' e capilares 'de mulher' quando me dou conta que todos os funcionários excepto um (que està a atender um cliente cujo cão descansa confortavelmente perto da entrada) nos rodearam.

 

Um funcionário fecha rapidamente a porta e tenta várias vezes trancá-la (o trinco não funciona muito bem).

 

A partir daqui sinto sintomas de ansiedade, que é algo com que lido diariamente e que tende a agravar-se quando eu e pessoas de quem gosto somos raptadxs por barbeiros.

 

Pânico.

 

Recusam categoricamente prestar-me serviços em troca de moeda.

 

Pedimos o livro de reclamações.

 

Recusam de igual modo disponibilizar o livro de reclamações. 

 

Eventualmente decidem que os homens podem assinar o livro de reclamações.

 

Um dos funcionários agarra o meu amigo pelo braço e diz 'queres assinar o livro de reclamações? anda lá pra trás', 'pra trás' sendo presumivelmente onde está o livro de reclamações, sendo impossível que este nos seja trazido.

 

Quando os meus amigos recusam ir 'lá pra trás' para assinar o livro de reclamações, somos convidadxs a sair, e assim fazemos. 

 

Enquanto estivemos dentro da Figaro's Barbershop os funcionários repetiram várias vezes que iam ligar, e depois que tinham ligado, à polícia. Quando saímos ouvimos 'as senhoras vão embora agora né, que chamámos a polícia'. Quando a polícia de facto chega, chamada por nós, fica evidente que os funcionários não chamaram polícia coisa nenhuma.

 

Esperamos uma hora e tal pelos agentes em frente à barbearia e depois, com o cansaço, no vão da porta ao lado.

 

 

Os funcionários entram e saem da loja para nos assediar a gosto.

 

A um amigo é dito 'Tu é que precisas dum corte de cabelo, pareces um panel**ro'.

 

Um funcionário goza com os meus tremores e argumenta que é por ser 'doente mental' que vou ali 'armar confusão'.

 

Quando decido apontar o que dizem, já sei como é a minha memória, o mesmo funcionário continua 'Ai a menina tá a apontar o quê?'. Lembro-lhe que já o informei algumas vezes que não sou uma menina e que para além disso não interessa e ele diverte-se muito a dizer 'Ah és um menino é? Não me digas que és um menino!'

 

Tiram foto à minha mãe (sentada no vão da porta ao lado à espera da polícia) com um smartphone. Quando falamos disto à polícia apresentam um telemóvel completamente diferente, daqueles pequenos e baratos, e dizem que não têm telemóvel que tira fotos.

 

Tudo coisas bonitas.

 

Falamos com os agentes, os agentes falam com os funcionários, no interior, e eventualmente um agente chama-me ao interior do estabelecimento para assinar o livro de reclamações. Passam duas horas desde que pedimos o livro de reclamações.

 

Um funcionário coloca o livro nas minhas mãos em completo silêncio, sem nenhuma indicação. Preencho tudo e quando entrego o livro ficam simplesmente com ele, sem me dar a cópia da reclamação.

 

Informo que a segunda via é para me ser entregue.

 

O funcionário tira do livro a folha que me deve ser entregue e entrega-a ao colega em falsa distração.

 

Quando pesco a reclamação das maõs do colega, gozam comigo e chamam-me 'mal-educada'.

 

Pois.

 

E foi isto. Quem diria que um estabelecimento comercial que em 2014 permite entrada a cães e proibe entrada a mulheres é gerido por homens sexistas misóginos homofóbicos e transfóbicos, incompetentes e emocionais, pequenos e rancorosos. Qual é a ideia de recusar clientela num Sábado pouco movimentado?

 

É misoginia. 

 

É a cultura do 'homem a sério' que permeia toda a sociedade, aqui condensada num único estabelecimento lisboeta que resolveu fazer do ódio às mulheres e da masculinidade tóxica a sua imagem de marca, a sua missão enquanto empresa.

 

Cortes de cabelo não têm género. Cabelo não tem género. É cabelo. 

 

Diferentes modos de apresentação não são coisa nem de um género nem dos outros.

 

Recusar agressivamente clientela com base no género percepcionado não é vintage.

 

É anticonstitucional." 

 

Bom, perante isto... tirem vocês as vocês conclusões

 

E após ponderação e jantar com pais e solteiros ontem, pus-me a pensar (confesso que li este post).

Ora bem, antes da Matilde nascer, eu e o meu marido eramos como qualquer casal na casa dos 20's. Saímos à noite para conviver, jantávamos fora, passeávamos e fomos a Londres.

Depois casámos e 4 meses depois nasceu a Matilde.

Obviamente que as coisas mudaram. No nosso caso e devido a um detalhe que já expliquei há muitos muitos posts atrás, mudaram muito. Haviam coisas que adorava ter feito com a minha filha enquanto estive em casa mas que não conseguia porque a logística não me permitiu mas, com o apoio que tive de toda a gente e que nunca conseguirei agradecer convenientemente, conseguimos ultrapassar.

Na crónica do P3 do publico, dá-se a entender que só os pais têm/fazem coisas como por exemplo:

 

As pessoas sem filhos anseiam por sexta-feira. As pessoas com filhos temem-na.

- Não consigo perceber porquê.. Não é uma noite como as outras? À sexta a minha filha não se transforma num animalzinho e vira a casa do avesso... 

 

As pessoas sem filhos têm cartões de cinema ilimitado. As pessoas com filhos têm cartão IKEA family.

- cartão Ikea (não meus amigos, tenho o meu há anos, era eu bem solteirinha e andava a decorar o meu quarto na casa dos meus pais, mais não seja pelo café gratuito e pelas ideias que vinham na newsletter) Mas de qualquer forma... Existem cartões de cinema ILIMITADOS??? Como assim?

 

Para relaxar as pessoas sem filhos vão para o ginásio. As pessoas com filhos vão para o trabalho.

- Para relaxar não vou, nunca fui, nem irei ao ginásio. Neste momento só se for ao gymboree e é por opção. Porque adoro ver a reação da minha filha. Para relaxar vou à praia e levo a minha filha comigo.

 

As pessoas sem filhos escolhem o restaurante em função do menu, do preço, do chef, da decoração ou da localização. As pessoas com filhos entram no primeiro restaurante que tenha cadeiras para crianças.

- escolher restaurantes em função dos menus : não.. ainda ontem a minha filha foi ao sushi. obviamente que não o comeu. só acompanhou quem foi com ela mas (e sim, eu torci o nariz mas ela tem que se habituar porque não é nenhum ratinho de laboratório) soube comportar-se como uma (quase) adulta.

 

Ao sábado à noite, as pessoas sem filhos vão jantar fora, ao cinema e a um bar. As pessoas com filhos vão à cozinha aquecer restos no microondas, vêem meio episódio de uma sitcom e adormecem no sofá.

- ao sábado à noite, há muito tempo, que prefiro jantar com amigos do que ir a um restaurante e depois a um bar. Não aqueço restos no microondas, não vejo sitcoms a meio e a minha filha, por norma adormece às 21h. Quando temos planos mais elaborados e que sabemos que ela não nos vai conseguir acompanhar, pedimos a toda uma panóplia de pessoas que incluem avós e tios para ficarem de babysitter.

 

As pessoas sem filhos comem cereais, torradas, sumo de laranja e café ao pequeno-almoço. As pessoas com filhos também, mas metade disso vai parar à roupa, à carpete e aos cortinados.

- As pessoas sem filhos comem toda essa panóplia de coisas ao pequeno almoço? Bom.. Eu contento-me com um café e meia sandes. E não tenho um diabo da tazmânia para me mandar a comida para o tecto, cortinados, sofá e afins. No pior dos cenários vai parar ao chão e ela própria diz que fez disparate e apanha, pondo no lixo.

 

As pessoas sem filhos sentam-se no sofá a ler um livro e a beber um chá. As pessoas com filhos sentam-se na sanita e fecham a porta da casa de banho à chave para terem 5 minutinhos de relax.

- Acredito que as pessoas sem filhos também se sentem na sanita durante bem mais do que 5 minutos... E as que têm filhos também, estranhamente, bebem chá. Haviam de ver a minha prateleira lá em casa. 

 

As pessoas sem filhos vão ao supermercado, fazem compras e regressam a casa. As pessoas com filhos vão ao supermercado, perseguem-nos até à charcutaria, arrancam-lhes coisas das mãos, tremem quando eles enfiam pelo corredor dos vinhos, negoceiam, chantageiam e regressam a casa percebendo que afinal se esqueceram “da porra das fraldas”.

- Por norma faço uma lista antes de ir ao supermercado exatamente para não me esquecer da" porra das fraldas" - o que seria muito díficil dado que é essêncial e está no topo da lista mas... De qualquer maneira, quando ela vai comigo às compras vai sentada no carrinho e ajuda a fazer as compras, caso contrário aproveito uma "babysitter" e lá vou eu num instante.

 

As pessoas sem filhos vão domir. As pessoas com filhos vão fazer óó.

-Não. Eu durmo na mesma...

 

As pessoas sem filhos acordam com o despertador. As pessoas com filhos gostariam de acordar com o despertador.

Também não. Continuo a acordar quase à mesma hora que acordava antes dela nascer e ainda uns minutos antes do despertador.

 

As pessoas sem filhos vão a esplanadas e ao cabeleireiro. As pessoas com filhos vão a parques infantis e ao pediatra.

- Bom, ela gosta de esplanadas e vai connosco. Opto sim, por esplanadas que estejam em espaços verdes, quem não o faria?

 

As pessoas sem filhos não sabem quem é a Xana Toc Toc. As pessoas com filhos preferiam não saber quem é a Xana Toc Toc.

- Quem???

 

As pessoas sem filhos comem sobremesas. As pessoas com filhos escondem-se na cozinha e comem dois quadrados de chocolate para cima do lava-louças. Quando apanhadas em flagrante, as pessoas com filhos dizem que é medicamento e emborcam meio copo de água para validar a farsa.

- Não. Normalmente não como sobremesa e ela está na fase de experimentar, não eu. Não preciso de omitir o que como.

 

As pessoas sem filhos viajam com uma mochila. As pessoas com filhos têm esgotamentos nervosos diante de malas.

- Mochila?! Já não tenho 12 anos!! A minha roupa não cabe em mochilas... 

 

As pessoas sem filhos praguejam como estivadores. As pessoas com filhos começam a usar termos como “diacho”, “bolas” e “caneco” quando esfacelam o dedão contra o pé do sofá.

- Diacho? Bolas? Não... "Cumcanheco" ainda me apanham a dizer porque é genial ouvi-la a repetir mas de resto continuo com o meu reportório. Obviamente que me contenho senão ela vai repetir.

 

As pessoas sem filhos vêem thrillers, dramas, biopics… As pessoas com filhos vêem o Pocoyo.

- Wrong! Ela vê o Pocoyo e o Panda e todas essas coisas. Aliás, estamos na introdução à Rua Sesamo... Eu não vejo... Já tive a minha dose há muitos anos e essas são as alturas em que aproveito para fazer outras coisas sem a ter agarrada à minha perna, qual macaquinha.

 

As pessoas sem filhos mudam de camisa se esta tiver uma nódoa. As pessoas com filhos só mudam a camisa se ela estiver vomitada.

- Nem sei se comente esta afirmação... A minha filha já não tem meses.. Tem quase 2 anos... Não vomita periodicamente, pelo que, se assim fosse, eu era uma pessoa feliz porque não teria roupa para lavar, não era?

 

Com isto quero dizer que: 

Inicialmente achei piada à crónica da senhora mas ontem ponderei sobre isso e, só num mundo paralelo é que ter filhos é igual a uma prisão como ela descreve.

Ter filhos é, todos os dias, ver uma criança com um brilho nos olhos quando a vamos buscar ao colégio. Ficar radiante quando nos mostra as coisas/músicas com coreografias que aprende.

 

Mas se calhar, quem tem filhos é que pensa como eu....

 

Encontrei esta crónica, escrita por uma mãe, no P3 do Jornal Público.

Pessoas sem filhos vs Pessoas com filhos

Texto de Susana Almeida Ribeiro • 20/10/2014 - 12:10

 

As pessoas sem filhos anseiam por sexta-feira. As pessoas com filhos temem-na.

 

As pessoas sem filhos têm cartões de cinema ilimitado. As pessoas com filhos têm cartão IKEA family.

 

Para relaxar as pessoas sem filhos vão para o ginásio. As pessoas com filhos vão para o trabalho.

 

As pessoas sem filhos escolhem o restaurante em função do menu, do preço, do chef, da decoração ou da localização. As pessoas com filhos entram no primeiro restaurante que tenha cadeiras para crianças.

 

Ao sábado à noite, as pessoas sem filhos vão jantar fora, ao cinema e a um bar. As pessoas com filhos vão à cozinha aquecer restos no microondas, vêem meio episódio de uma sitcom e adormecem no sofá.

 

As pessoas sem filhos comem cereais, torradas, sumo de laranja e café ao pequeno-almoço. As pessoas com filhos também, mas metade disso vai parar à roupa, à carpete e aos cortinados.

 

As pessoas sem filhos sentam-se no sofá a ler um livro e a beber um chá. As pessoas com filhos sentam-se na sanita e fecham a porta da casa de banho à chave para terem 5 minutinhos de relax.

 

As pessoas sem filhos vão ao supermercado, fazem compras e regressam a casa. As pessoas com filhos vão ao supermercado, perseguem-nos até à charcutaria, arrancam-lhes coisas das mãos, tremem quando eles enfiam pelo corredor dos vinhos, negoceiam, chantageiam e regressam a casa percebendo que afinal se esqueceram “da porra das fraldas”.

 

As pessoas sem filhos vão domir. As pessoas com filhos vão fazer óó.

 

As pessoas sem filhos acordam com o despertador. As pessoas com filhos gostariam de acordar com o despertador.

 

As pessoas sem filhos vão a esplanadas e ao cabeleireiro. As pessoas com filhos vão a parques infantis e ao pediatra.

 

As pessoas sem filhos não sabem quem é a Xana Toc Toc. As pessoas com filhos preferiam não saber quem é a Xana Toc Toc.

 

As pessoas sem filhos comem sobremesas. As pessoas com filhos escondem-se na cozinha e comem dois quadrados de chocolate para cima do lava-louças. Quando apanhadas em flagrante, as pessoas com filhos dizem que é medicamento e emborcam meio copo de água para validar a farsa.

 

As pessoas sem filhos viajam com uma mochila. As pessoas com filhos têm esgotamentos nervosos diante de malas.

 

As pessoas sem filhos praguejam como estivadores. As pessoas com filhos começam a usar termos como “diacho”, “bolas” e “caneco” quando esfacelam o dedão contra o pé do sofá.

 

As pessoas sem filhos vêem thrillers, dramas, biopics… As pessoas com filhos vêem o Pocoyo.

 

As pessoas sem filhos mudam de camisa se esta tiver uma nódoa. As pessoas com filhos só mudam a camisa se ela estiver vomitada.

 

Cá para mim só tenho a dizer: ter filhos é isso e muito mais. É dormir com o coração cheio e ouvir quando ela acorda "olá mamã" com um abraço. E está tudo dito :D

16 Out, 2014

Parabéns Kéké!!

A avó da Babinha faz anos.

Não, não vou dizer quantos porque é má educação e porque vocês não precisam de saber mas digo-vos que é muito nova para já ter uma neta com quase 2 anos e com um filho com 28.

 

E esta foi a cara que a Babninha fez quando lhe disse que a Bobó Kéké fazia anos e que íamos cantar os parabés :)

20141004_131937.jpg

 

Parabéns D. Teresa. Um beijinho grande e até já 

 

16 Out, 2014

Só isto

Virus apanhado no colégio.

Obrigada coleas da escola por me (nos) proporcionarem mais uma experiência agradável (not) como esta.

Gostamos muito, lá em casa, de fazer directas e experimentar novas formas de dormir.

. 2a noite com quase total privação de sono... Alguém me traga redbull em formato de catetér por favor (cheira-me que ainda vai demorar pelo menos uns dias).

A sorte é que mesmo assim ela está bem disposta 

13 Out, 2014

Já se sente

Já se sente o frio! Finalmente! Temos (eu e a Babinha) casacos tão giros e nunca mais vinha o tempo de nos sentirmos cebolas, cheias de camadas. 

Ontem quando fomos às compras reparei que até já há castanhas mas isso só me sabe bem quando está MESMO frio, por isso aguentem lá os cavalinhos (ouvi dizer que temos frio e chuva a semana toda o que quer dizer que lá vou eu tirar as mantas para cima do sofá =))

E por aí? Já foram buscar pijamas de manga comprida e meias fofinhas?

Esta loja deve ser uma delas...

É com cada foto de cada peça que só me deixa a pensar "Mãezinha porque é que me fizeste bonita e inteligente em vez de rica?"

Eu mostro e deixo as minhas escolhas:

 

 

 

É que acho que não tirava nenhuma daqui... Adoro pulseiras... E de acho. Não gosto de ouro nem prata. É aço, mesmo...

Raios! 

 

 

 

 

 Porque é que eu não uso saltos, mesmo??

 

 

 

Descobri a Paul's Boutique por acaso e estou encantada.. Pelo que sei só há à venda no el Corte Inglés e são caras pa 

burro mas giras nas horas! (Se se registarem no site têm logo 10% de desconto mas atenção que os portes para cá, pelo simulação que fiz, não são nada generosos...)

 

 

 Alguém me tire o acesso à net, se faz favor...

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